quarta-feira, 31 de outubro de 2012

E se tivesse morrido...


Faz calor em São Paulo. Duas quadras abaixo, a polícia faz um pente fino na favela. Mataram um policial da Rota dias atrás. Ainda ficarei mais uma semana sem qualquer dinheiro. Pela janela, o mundo nitente. O livro de Sartre que abandonei há doze dias, diz na página 96: “E se tivesse morrido...” Li toda a página sem entender, talvez devesse retroceder. Faz tempo que não escrevo nada, nem sobre a desilusão. Seria esse o estado mais avançado do niilismo?

Que dia estúpido para se morrer.

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