Faz calor em São
Paulo. Duas quadras abaixo, a polícia faz um pente fino na favela.
Mataram um policial da Rota dias atrás. Ainda ficarei mais uma
semana sem qualquer dinheiro. Pela janela, o mundo nitente. O livro
de Sartre que abandonei há doze dias, diz na página 96: “E se
tivesse morrido...” Li toda a página sem entender, talvez devesse
retroceder. Faz tempo que não escrevo nada, nem sobre a desilusão.
Seria esse o estado mais avançado do niilismo?
Que dia estúpido para se morrer.
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