Sábado a noite e troquei a mesmice noturna recifense pelo livro de Michel Serres, Hominiscências, e com absoluta certeza tomei a atitude mais correta! Logo no começo ele vai falar sobre o surgimento das cidades na antiguidade e que, inicialmente, "as metrópoles começaram como necrópoles". Ou seja, as casas eram locais onde se cultivava a memória dos ancestrais mortos, inclusive as relíquias. Mais adiante, ele faz uma análise que as civilizações, como os indivíduos, morrem de maneira incerta e imprevisível. Deste modo, comecei a pensar em como seriam as mortes das cidades que me vieram à cabeça. Irremediavelmente, comecei a rir das possibilidades. Permitam-me esta galhofice:
São Paulo morreu intoxicada
Nova Iorque num acidente aéreo
São Petersburgo morreu afogada
Veneza morreu de cirrose
Rio de Janeiro morreu numa cirurgia plástica
Paris levou um choque fatal
Bagdad tomou chumbo quente sem parar
Hamburgo foi esmagada por um container
Tóquio se jogou de um prédio
Jerusalém ficou velhinha e subiu aos céus
Pequim, de claustrofobia no elevador
Amsterdan, de overdose
E Recife morreu de gonorréia.
Sei que tem muitas cidades com características e estigmas preconceituosos. Quem quiser me ajudar nessa brincadeira...
4 comentários:
Sábia troca, Dodô! Fiz o mesmo, mas, no meu caso, escolhi os textos de Antonio Cornejo Polar.
Continuando a brincadeira:
Brasília morreu de falência múltipla de órgãos (leia-se ministérios).
P.S.: Recife de gonorréia?
Adorei suas possibilidades de mortes!
=)
Recife, a venéria brasileira.
Hahaha, adorei a brincadeira! Vou tentar dar uma contribuída:
Porto Alegre morreu de congestão.
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