terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aleksandr Pushkin








Aleksandr Sergueievitch Pushkin é até os dias de hoje considerado o maior poeta russo e ainda bastante reverenciado em seu país. Nascido em 1799, faleceu jovem em 1837, para defender a honra de sua esposa Natália Goncharova, cortejada pelo seu assissino, cujo nome nem merece ser mencionado, mas se o quiserem achar, procurem. Natalia Goncharova era considerada a mais bela mulher da Rússia (Meu Deus!) e se rendeu à excentricidade do jovem poeta. Quando digo excêntrico, não me refiro apenas ao comportamento turbulento que a maioria dos poetas tinham, ainda mais no Séc. XIX, mas sua diferença advinha do fato de seu avô paterno ser etíope, o General Gannibal que era homem de confiança do altaneiro Piotr I, o Grande. Desde cedo o poeta Pushkin gozou de grande prestígio nos salões e fez uma carreira de sucesso. Bem, isso vocês poderão achar em qualquer biografia pelo wikipedia, mas o que eu gostaria de comentar no meu blog (aquí me sinto livre pra pensar sem as arrédeas universitárias) é o legado deixado por ele para os escritores que vieram a fazer da Literatura Russa, talvez a mais rica de todas no Século XIX. Pushkin abriu o caminho para que o povo passasse a ouvir a literatura em sua lingua nacional, até então a pensava-se e emocionava-se em francês. Além disso, com suas obras, Pushkin mergulhou na identidade nacional de maneira decisiva onde suas obras vão abordar desde a realidade dos salões da nobreza até a imaginários dos mujiques. Se Pushkin não tivesse escrito uma obra impactante como "A Filha do Capitão" (капитанская дочь) talvez Lióv Tolstoi não sentisse a necessidade de escrever um romance histórico. Estou conjecturando, eu sei, mas vou pedir auxílio a um amigo que pode respaldar um pouco mais minha conjectura: Dostoievski, no discurso em homenagem a Pushkin em 1880, seis meses antes de sua morte e enquanto escrevia a última parte de Os Irmãos Karamazov, disse: "Se Pushkin não tivesse existido, os talentos que vieram depois não teriam podido manifestar-se".



Leiam Pushkin meus amigos! Peçam nas universidades seus livros. Fico muito triste de na Universidade Federal de Pernambuco não ter um exemplar de sua maior obra, o Yevgueni Onieguín. Ah, mas na biblioteca do CAC só tinha dois livros de Fernando Pessoa, é sonhar demais querer achar Pushkin. Mas, esse blog é um espaço para sonhar, vou postar duas poesias de Pushkin aqui, no original e traduzido pro português graças ao esforço de José Casado.












Элегия Elegia




Безумных лет угасшее веселье Dos anos loucos a alegria extinta


Мне тяжело, как смутное похмелье. Ressaca vaga, faz que eu mal me sinta.


Но, как било - печаль минувших дней Mas, como o vinho, é o remorso meu


В моей душе чем старе, тем сильней. Que mais forte ficou, se envelheceu.


Мой путь уныл. Сулит мне труд и горе É triste minha estrada. E me anuncia


Грядушево вольнуемое море. O mar ruim do porvir dor e agonia.






Но не хочу, о други, нмирать; Mas não desejo, amigos meus, morrer;


Я жить хочу, чтоб мыслить и страдать; Quero ser para pensar e sofrer.


И велаю, мне будут наслажденья E sei que há gozos para mim guardados


Меж горестей, забот и и треволнеья: Entre aflições, desgostos e cuidados:


Порой опять гармоней упьюсь, Inda a concórdia poderei cantar,


Над вымыслом обольюсь, Sobre prantos fingidos triunfar,


И может бить - на мой зкат печальный E talvez com sorrir de despedida


Блеснет любовь улибкою прощальной. Brilhe o amor no sol-pôr de minha vida.














Друзьям Aos Meus Amigos




Богаии вам еще даны Os deuses ainda vos dão


Златые дни, златые ночи, Dias e noites de alegria,


И томных дев устремлены E amáveis moças vos estão


На вас внимательные очи. A examinar com simpatia.


Играйте, пойте, о друзья! Folgai, cantai, ficai a fruir


Утратьте вечер скоротечный; A noite, amigos, passageira,


И вашей радости беспечной E a vosso prazer sem canseira


Сквозь слезы улыбнуся я. Hei de, entre lágrimas, sorrir.
















3 comentários:

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e

Anônimo disse...

Какая интересная статья получилась! Молодцом автор! :)

Anônimo disse...

После вселенской катастрофы Америка превратилась в мертвую пустыню. По дорогам которым нет конца, кишащим бандами, ведущеми воины за воду и еду, путешествует безстрашный Илай. Однажды он попадает в мрачные места, где когда-то была цветущая Калифорния, а теперь это сущий ад, где бесчинствует тиран Карнеги.
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